Título: Emprego informal cresce em São Paulo
Autor: Jacqueline Farid
Fonte: O Estado de São Paulo, 31/01/2006, Economia & Negócios, p. B5

A informalidade no mercado de trabalho cresceu em São Paulo de 2003 a 2005, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Enquanto a participação dos empregados com carteira assinada no total de ocupados ficou inalterada em 60,2% na média das seis regiões pesquisadas nesse período, em São Paulo houve queda nessa parcela de trabalhadores formais, de 62% em 2003 para 61,3% no ano passado.

Já a participação dos empregados sem carteira no total de ocupados cresceu na região, passando de 30,4% em 2003 para 31,5% em 2005. Nos dois casos, porém, a situação melhorou no mercado de trabalho paulista em 2005 ante 2004, quando a participação dos empregados com carteira chegou a cair para 60,5% e a fatia dos sem carteira subiu para 32,3%.

Os dados são parte da mais recente pesquisa sobre mercado de trabalho do IBGE, divulgada na semana passada. Marcio Ferrari, analista da pesquisa, explicou que houve recuperação da formalidade no mercado de trabalho paulista no ano passado, mas não foi suficiente para que a participação dos empregados com carteira retornasse ao nível de 2003.

Ele lembra que o ano de 2003 foi de recessão e muita dificuldade para as empresas, que precisaram manter algum nível de atividade com maior dificuldade de contratação formal, situação que se estendeu até 2004 e começou a se reverter em 2005.

A pesquisa revelou também que a região metropolitana de São Paulo apresentou a maior escolaridade no mercado de trabalho entre as seis regiões pesquisadas pelo IBGE em 2005. Enquanto na média das regiões as pessoas com 11 anos ou mais de estudo equivaliam a 50,3% dos ocupados em 2005, em São Paulo essa participação chegou a 52,2%. Já a distribuição de ocupados sem instrução ou com menos de um ano de estudo em São Paulo em 2005 apresentava o mesmo porcentual (2,4%) da média das seis regiões.

Segundo o IBGE, a maior concentração de pessoas ocupadas em empreendimentos com 11 ou mais trabalhadores também estava em São Paulo, chegando a 61% do total dos ocupados.