Título: Etapas da crise
Autor:
Fonte: O Estado de São Paulo, 01/02/2006, Internacional, p. A10

Programa oculto - A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), da qual o Irã é membro, informou em 2003 que o Irã mantinha havia 18 anos um programa de enriquecimento de urânio sem comunicare à entidade. Os membros da AIEA têm o direito de enriquecer urânio para fins pacíficos. Mas o programa oculto levantou suspeitas de que o Irã tivesse planos de usar o urânio enriquecido para fazer armas atômicas.

Acordo - Sob pressão da França, Alemanha e Grã-Bretanha, bem como dos EUA, o Irã aceitou em junho de 2003 um protocolo adicional ao Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP), pelo qual se comprometeu a aceitar um regime reforçado e aleatório de inspeções. Em novembro de 2004, diante de ameaças de ser levado ao Conselho de Segurança da ONU, o Irã concorda em congelar temporariamente seu programa de enriquecimento de urânio.

Impasse - Em janeiro, o Irã retoma as pesquisas sobre enriquecimento de urânio, insistindo em que a finalidade é produzir combustível nuclear para fins pacíficos. A Rússia, com apoio de europeus e americanos, havia proposto em novembro que o Irã enriquecesse urânio em usinas russas. O Irã diz apenas que está estudando a sugestão.