Título: Rigotto corta impostos e distribui isenções
Autor: Marcelo de Moraes
Fonte: O Estado de São Paulo, 29/01/2006, Nacional, p. A4

Um conjunto de medidas de estímulo à economia lançado pelo governo do Rio Grande do Sul no dia 14 de dezembro está destinado a entrar no debate político deste ano. E não importa se a campanha de Germano Rigotto (PMDB) será pela reeleição ou pela Presidência.

Apresentado oficialmente como ação necessária diante da guerra fiscal, das perdas com a estiagem e da queda nas exportações, o pacote amenizou a irritação dos empresários, que não se conformavam com o aumento das alíquotas do ICMS sobre energia, comunicações e gasolina, aplicado no fim de 2004.

Entre as medidas estão reduções do ICMS nas vendas internas entre as indústrias e para o varejo dos setores petroquímico, de embalagens plásticas e atacadistas (17% para 12%); em produtos como erva-mate e geléias (17% para 7%); isenção para pão francês e maçãs, e subsídio da energia elétrica para famílias de baixa renda.

"Isso é tentativa de compensar o desgaste provocado pelo aumento de 2004 e de colocar o governador numa posição politicamente mais favorável", avalia o deputado estadual Estilac Xavier (PT). Rigotto não quer nem ouvir termos como "pacote de bondades". Escorregadio, também evita a expressão quando fala de iniciativas semelhantes do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, ou da operação tapa-buraco do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, possíveis rivais da corrida presidencial se passar pela prévia do PMDB.