Título: Morte de general não é caso encerrado, diz substituto
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Fonte: O Estado de São Paulo, 14/02/2006, Internacional, p. A12

O comandante da Força Militar da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah), general José Elito Carvalho Siqueira, afirmou ao 'Estado' que o caso da morte de seu antecessor, general Urano Bacellar, ainda não está resolvido.

"A investigação prossegue, ainda não há uma conclusão definitiva", disse o general Elito, acrescentando que peritos da ONU e do governo brasileiro podem chegar a uma versão diferente daquela que consta no laudo divulgado na semana seguinte à morte do general - a de suicídio. O general Bacellar foi encontrado morto na manhã de 7 de janeiro, com um tiro na boca, na varanda de seu apartamento, no Hotel Montana, em Pétion Ville, onde morava só.

"O general Bacellar, meu amigo durante 40 anos, era um grande soldado, pai de família exemplar, uma pessoa tranqüila, estável e equilibrada", observou o comandante da força de paz da ONU no Haiti. "Tudo pode acontecer na vida, mas o suicídio do general Bacellar é ilógico", acrescentou.