Título: Gás para veículos fica 3,5% mais caro em SP e álcool volta a subir
Autor: Nicola Pamplona
Fonte: O Estado de São Paulo, 14/02/2006, Economia & Negócios, p. B4

Na média do País, alta do GNV foi de 0,74%, após autorização de repasse

O preço do gás natural veicular (GNV) aumentou 3,5% em São Paulo, na primeira semana após os reajustes autorizados pela Comissão de Serviços Públicos de Energia (CSPE). Segundo a pesquisa mensal de preços dos combustíveis da Agência Nacional do Petróleo (ANP), o metro cúbico do GNV no Estado passou de R$ 1,058 para R$ 1,095, em média, na semana passada.

O movimento de alta foi percebido com intensidade apenas nos postos de São Paulo: na média nacional, o preço subiu apenas 0,74%, fechando em R$ 1,219 por metro cúbico.

Há duas semanas, a CSPE autorizou o repasse, pelas distribuidoras paulistas de gás canalizado, dos reajustes promovidos pela Petrobrás desde setembro do ano passado, período em que o gás boliviano, que abastece a maior parte do Estado, subiu 41,7%. Em entrevista concedida na época, o presidente da CSPE, Zevi Kann, estimava um repasse de até 6% nos postos. O produto teve porcentuais diferentes de reajuste por classe de consumidor - para a indústria, por exemplo, variou entre 12,64% e 17,9%.

ÁLCOOL

Depois de três semanas de estabilidade, o preço do álcool hidratado voltou a subir na semana passada, apontou a pesquisa da ANP. A alta foi pequena, de 0,46%, mas indica que o acordo fechado em janeiro entre governo e usineiros para reduzir o preço do produto ainda não surtiu efeito prático.

Pelo contrário: segundo o Centro de Estudos em Pesquisa Econômica Aplicada (Cepea), da USP, a cotação do álcool nas usinas também voltou a subir na semana passada, chegando perto do teto estabelecido nas conversas do início do ano.

Nas bombas, o álcool hidratado fechou a semana a R$ 1,743 por litro, em média, no País, segundo a ANP. Nas usinas, o produto foi a R$ 1,037 por litro, ante os R$ 1,015 no período anterior. Já o álcool anidro, misturado à gasolina, fechou a semana em R$ 1,046 por litro, ante R$ 1,023 cobrado antes, e está bem perto do teto de R$ 1,05 negociado com o governo em janeiro.