Título: Tom de palanque
Autor: Tânia Monteiro
Fonte: O Estado de São Paulo, 19/02/2006, Nacional, p. A4

Na segunda-feira, festa de aniversário do PT "Eu vou governar até o limite da lei, vou viajar este País, vou inaugurar obras, não adianta se incomodar. Eu fui eleito para fazer o que eu estou fazendo e vou fazer"

No dia 3 de fevereiro, na inauguração de novos prédios da Universidade Federal de Minas Gerais "Nunca, em nenhum momento da nossa República, tantos jovens negros, mulheres e homens entraram na universidade brasileira. Nunca! E nunca tantos índios fizeram universidade neste país. Ainda falta muito, mas nós também só estamos governando há 36 meses. O País tem 500 anos. Ou seja, nós temos menos que 0,1% do tempo do Brasil"

Em 30 de janeiro, na inauguração da subestação de energia de Viana (ES) "Nós temos de fazer muito mais, mas também nós temos consciência de que não é possível fazer em três anos aquilo que não foi feito. A última autoridade federal que veio aqui foi o imperador, em 1870. Eu estou vindo agora, quase 150 anos depois"

Em 27 de janeiro, na assinatura de acordo de cooperação entre a CEF e o Incra "Certamente todos nós reconhecemos que temos muita, mas muita coisa ainda por fazer no nosso País. Todo mundo sabe disso. Mas todo mundo sabe também que, se comparado o que nós fizemos com o que fizeram antes de nós, nós só temos motivo de orgulho porque conseguimos avançar de forma excepcional"

No dia 7, no lançamento de medidas de apoio à habitação e à construção civil "Quando viemos aqui, anunciar essas medidas, é para dizer para todos vocês: certamente teremos de fazer outras coisas, aprimorar muitas coisas, mas em poucos momentos da história do Brasil a construção civil teve e tem o destaque que está tendo no nosso governo"

Em 22 de janeiro, em entrevista na posse do presidente da Bolívia, Evo Morales "Nós trabalhamos três anos plantando. Agora está na hora de nós colhermos. Eu vou continuar andando no limite do tempo que eu tenha para tomar decisão. Eu não sou obrigado a assumir candidatura. Quem são obrigados são os adversários, que têm de se afastar em março"

Em 16 de janeiro, em pronunciamento na TV "Nestes 36 meses de governo fizemos tudo que era necessário para consolidar a estabilidade e garantir que o Brasil encontrasse seu caminho. Esta já é uma vitória assegurada. Chegou a hora de darmos um novo passo, o momento da união definitiva, do produtivo com o social. Assim como foi na conquista da estabilidade, esta é também uma luta que se fará por etapas"

Em 16 de janeiro, no programa de rádio Café com o Presidente "Nós estamos fazendo e alguns estão dizendo que são obras eleitoreiras. Mas, se nós não fizéssemos, continuariam sendo eleitoreiras para eles. Ora, entre a briga partidária e o povo, eu vou ficar com o povo"