Título: Escalada
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Fonte: O Estado de São Paulo, 06/03/2006, Internacional, p. A11

DIREITO - Como membro da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), que busca promover o uso pacífico da energia nuclear, o Irã tem o direito de dominar todo o processo nuclear. Está comprometido, porém, com o uso pacífico dessa tecnologia.

SUSPEITAS - O Irã diz que só quer produzir energia elétrica, mas a desconfiança sobre seus planos na área militar aumentou em 2003, quando a AIEA comprovou que o país mantinha instalações nucleares secretas.

ACORDO - Países europeus e os EUA querem que o Irã abandone seu programa de enriquecimento de urânio. O mineral com baixo teor é usado nas usinas de energia elétrica. O uso em armas requer purificação elevada. Se quer gerar energia, dizem europeus e americanos, o Irã deve importar o urânio já enriquecido. Assim, a comunidade internacional teria garantias de que o urânio usado é mesmo apenas para gerar eletricidade.

IMPASSE - Em janeiro, o Irã retomou as pesquisas para o enriquecimento de urânio. Em fevereiro, AIEA aprovou o envio do país ao Conselho de Segurança da ONU, o que tem poder de impor sanções militares e econômicas. A reunião da AIEA que começa hoje marca o final do prazo dado aos iranianos para que um novo acordo fosse fechado antes do encontro do Conselho de Segurança.