Título: Risco iguala a mínima de janeiro
Autor: Silvana Rocha, Mario Rocha , André Palhano
Fonte: O Estado de São Paulo, 09/02/2006, Economia & Negócios, p. B8

Indicador cai 1,15%, para 258 pontos, a marca histórica mais baixa; dólar e Bolsa recuam

Num dia marcado pela volatilidade, o risco país chegou a 258 pontos, a menor cotação histórica, igualando a marca que havia sido atingida em 27 de janeiro. Por causa dessa queda de 1,15%, o dólar recuou 0,05%, para R$ 2,186, na roda da BM&F e no balcão, enquanto o paralelo perdeu 0,41%, para R$ 2,44. O Ibovespa caiu de novo, desta vez 0,17%, os juros futuros projetaram queda e o A-Bond ganhou 0,20%, vendido com ágio de 9,70%.

No mês, o comercial acumula ante o real uma queda de 1,31%, e ao longo do ano, de 5,98%. A moeda americana abriu em alta mas passou a operar em baixa à tarde, influenciada pelo avanço das Bolsas em Nova York e pelo recuo do risco Brasil. No mercado viva-voz de dólar futuro, as apostas se dividiram: 5 vencimentos projetaram queda e 4 projetaram alta.

A queda constante do risco Brasil aumenta a possibilidade de lançamento de novas emissões externas, que poderão assegurar fluxo financeiro positivo no curto prazo. Na lista de captações iminentes comentadas nas mesas de operações estão Itapemirim (US$ 30 milhões) PanAmericano (US$ 50 milhões), Cemat (US$ 50 milhões), Celpa (US$ 50 milhões), Votorantim (US$ 100 milhões) e Cesp (US$ 120 milhões).

Nos leilões, o Banco Central voltou a vender o lote integral de 4.550 contratos de swap cambial reverso, no valor de US$ 214 milhões, e comprou moeda em mercado a R$ 2,1875.

Sem tendência definida, a Bovespa teve um pregão volátil, entre movimentos de realização de lucros e operações de compra de papéis em Wall Street. Ontem, as ações da Copasa e da Vivax estrearam no Novo Mercado.

O movimento financeiro foi de R$ 2,612 bilhões. "A Bolsa está indefinida. Subiu em janeiro, tem espaço para realizar lucro, mas não tem força para retomar a alta enquanto não aparecer uma notícia nova", comentou um operador.