Título: Crediário sustenta o consumo
Autor: Fernando Dantas
Fonte: O Estado de São Paulo, 25/02/2006, Economia & Negócios, p. B5

Quase todos os eletrodomésticos que entraram na casa do veterinário Rodrigo Filippi Prazeres no ano passado e no anterior foram comprados no crediário. "Aproveito os parcelamentos em dez vezes sem juros e levo tudo que preciso. Até roupas e brinquedos. Se não comprasse a prazo, não teria quase nada em casa", diz. Casado e com dois filhos, Prazeres e a mulher acreditam que o consumo de ambos cresceu por causa do crediário. Com renda familiar em torno de R$ 3 mil, e uma ajuda de custo dos pais, ele paga por mês R$ 1, 2 mil em prestações, no cartão de crédito. Assim que reduzir o débito, Prazeres vai procurar uma TV maior para a sala, a pedido da mulher.

Roberto Romão passou três meses parado em 2004, mas desde o ano passado, empregado como cortador numa confecção, pode voltar a consumir. "Nunca vi tanta oferta no crediário. É difícil resistir."