Título: O bom e velho Cobol faz diferença na terceirização
Autor: Patrícia Campos Mello, Renato Cruz
Fonte: O Estado de São Paulo, 05/02/2006, Economia & Negócios, p. B5

Criada em 1959, a linguagem de programação Common Business Oriented Language (Cobol) dominou o mundo corporativo por muito tempo. Com o surgimento da internet e das chamadas linguagens de programação orientadas a objeto, como o Java, em que um programa é dividido em pequenas unidades que se relacionam entre si, transformaram o Cobol em um dinossauro, certo? Errado, e as faculdades brasileiras, pelo visto, não perceberam isso.

"Programador Java tem às pencas", afirma o presidente da TCS Brasil, Sérgio Rodrigues. "Parece que ninguém quer aprender Cobol." As grandes empresas dos países desenvolvidos, como os Estados Unidos, ainda têm no coração dos seus sistemas o bom e velho Cobol. Pelo porte, se informatizaram mais cedo e, por isso, mantém o software antigo funcionando. Daí, o programador brasileiro precisa saber a linguagem para modificá-lo.

"Damos treinamento em Cobol", afirma Caio Silva, diretor de Desenvolvimento de Sistemas da EDS Brasil. "O mercado americano de bancos quer Cobol", explica Antonio Carlos Rego Gil, presidente da CPM. "Estamos tendo até que buscar profissionais que estavam na aposentadoria".