Título: A revolução digital Divisão no governo Praia, sol e lucro
Autor: Cleide Silva
Fonte: O Estado de São Paulo, 05/02/2006, Economia & Negócios, p. B1,4

Ministros não se entendem sobre TV digital Quatro mil faturam R$ 5 milhões por dia no verão do Rio

A situação sindical brasileira é caótica, na visão do ex-ministro do Trabalho Almir Pazzianotto. ¿Se somarmos todos os sindicatos de países industrializados do mundo, não dá a quantidade que temos no Brasil.¿ Em sua gestão, entre 85 e 88, ele reconheceu 1.269 sindicatos. Na época, a aprovação passava pelo Serviço Nacional de Informações (SNI).

Hoje, exemplos da facilidade com que se abrem sindicatos não faltam. Em julho de 2005, o `Diário Oficial¿ publicou ata convocando vendedores de bebidas para criar um sindicato. A assembléia foi marcada num domingo, às 8h30, no Parque do Ibirapuera.

O Sindicato dos Comerciários de São Paulo conseguiu, até agora, impedir pelo menos dez tentativas de subdivisão da categoria, com 430 mil trabalhadores.

A mais recente foi a da criação do Sindicato dos Empregados em Shopping Centers. O edital chamava a categoria para assembléia em Barretos (SP), às 18 horas de 28 de agosto, data da tradicional Festa do Peão de Boiadeiro, que costuma reunir mais de 100 mil pessoas. ¿Juntamos um grupo e fomos para lá, mas não teve nenhuma assembléia¿, conta o presidente do sindicato, Ricardo Patah. Já o Sindicato dos Comerciário de Curitiba está na Justiça há 12 anos contra o Sindicato dos Trabalhadores em Shopping Centers, que levou 16 mil trabalhadores da sua base. A entidade funciona em uma sala de um prédio comercial que na sexta-feira estava vazia.