Título: Novos contratos de leasing dão fôlego à Varig
Autor: Mariana Barbosa
Fonte: O Estado de São Paulo, 17/02/2006, Economia & Negócios, p. B16

Empresa renovou acordo para 15 aviões e conseguiu 2 outros novos

A Varig deu ontem a primeira demonstração de que seus credores estão dispostos a apostar na continuidade de suas operações. A empresa anunciou a renovação de dois importantes contratos de leasing de aeronaves, envolvendo 15 aviões, e a assinatura de um terceiro contrato. Este último, fechado com a empresa americana Pegasus Aviation, irá garantir a incorporação de dois novos Boeings 757 à frota da empresa até o início de abril. As aeronaves deverão ser usadas em vôos para a América Latina. A empresa não divulgou os valores dos contratos.

Dos dois contratos renovados, um foi com a alemã Bavaria e envolve seis aeronaves Boeing 737. O segundo, com a australiana AWAS-Ansett, garantiu a manutenção de 9 Boeings do mesmo modelo. Outros três equipamentos, que faziam parte do mesmo contrato, serão devolvidos ao longo do ano pois, segundo a Varig, estão próximos de entrar em fase de manutenção pesada. De acordo com a assessoria da Varig, a companhia está negociando a substituição desses três aviões com a mesma empresa de leasing.

"Esses contratos garantem a integridade da nossa frota e ampliam as perspectivas de remodelagem da nossa malha", afirmou o presidente da Varig, Marcelo Bottini. "Além disso, a conclusão dessas negociações reafirma que as empresas de leasing, um dos mais importantes grupos de credores da empresa, manifestam sua confiança na reestruturação."

BRA

As companhias aéreas Gol e OceanAir foram obrigadas pela Justiça Federal de Brasília a desocupar hangares e outras áreas no aeroporto de Congonhas, antes pertencentes à Transbrasil. A decisão, na forma de liminar, atende a uma ação movida pela BRA. Os espaços foram liberados para a Gol e para a OceanAir sem licitação.

Se as duas empresas aéreas não cumprirem a ordem judicial, elas e a Infraero terão de pagar multa de R$ 100 mil por dia. De acordo com a assessoria de imprensa da Infraero, a BRA era uma empresa de fretamento (não regular) na época em que os espaços foram cedidos à Gol, em janeiro de 2005. Mas, segundo a BRA, a Infraero recuperou as áreas da Transbrasil apenas em 26 de setembro de 2005, quando a companhia já estava autorizada a operar vôos regulares