Título: Pilotos poderão trabalhar no exterior
Autor: Mariana Barbosa
Fonte: O Estado de São Paulo, 10/03/2006, Economia & Negócios, p. B15

Até mesmo os pilotos mais antigos da Varig, que estão no topo da carreira e recebem, conseqüentemente, os melhores salários, começam a perceber que há vida fora da companhia. "Eu e vários de meus colegas estamos recebendo convites para trabalhar no exterior", afirma o comandante Peter Lessmann, 49 anos, 26 de Varig. "Estamos todos bastante tentados. Há um desencantamento generalizado com as perspectivas de trabalho no País."

Ele estima que cerca de 400 pilotos e co-pilotos - de um quadro de 1,5 mil na ativa - estariam, de alguma forma, sondando oportunidades de trabalho fora do País. A tentação é grande. De um lado, salários atrasados e uma rotina estressante, resultado de problemas constantes com a frota, que geram atrasos e cancelamentos de vôos; do outro, a oportunidade de fazer carreira no exterior, com salários que podem chegar a US$ 10 mil por mês, além de benefícios como aluguel e escola para os filhos.