Título: Mercado prevê alta do PIB de até 2,6%
Autor: Célia Froufe, Francisco Carlos de Assis
Fonte: O Estado de São Paulo, 23/02/2006, Economia & Negócios, p. B8

Projeções para 2005 eram bem mais otimistas no início do ano

A expansão da economia brasileira em 2005 deve ter ficado abaixo da média internacional, mas ainda conseguiu um fôlego nos últimos meses. Esta é a avaliação geral de um grupo de 16 analistas do mercado financeiro consultados pela Agência Estado, que prevêem um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,1% a 2,6% no ano passado em relação a 2004. Para este ano, a percepção é um pouco mais otimista.

No início do ano passado, as projeções do mercado financeiro para o crescimento da economia brasileira eram bem mais otimistas. A mediana da primeira pesquisa Focus de 2005 para o acumulado do ano passou na ocasião de 3,5% para 3,6%. Ao longo dos meses, as previsões foram revistas constantemente para baixo. Há 42 semanas a mediana das projeções para 2006 vem se mantendo em 3,50.

No último trimestre, a decepção com os resultados da produção industrial chegou a fazer com que algumas instituições cogitassem uma expansão do PIB inferior a 2%. No último mês, no entanto, houve uma arrancada do setor, que deve ter beneficiado o resultado da economia brasileira. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a expansão da indústria foi de 2,3% em dezembro. O instituto aproveitou para revisar os resultados de novembro, de 1,3% no lugar de 0,60%, e o de outubro, de 0,20% para 0,40%.

Especificamente para o quarto trimestre de 2005, em relação aos três meses anteriores, as projeções do grupo consultado pela AE vão de 0% a 2,10% e na comparação do último trimestre do ano passado com o mesmo período de 2004 as estimativas vão de 1,30% a 2,50%. Os dados do PIB serão divulgados amanhã pelo IBGE.

Se estas projeções para o trimestre forem confirmadas, representarão um avanço. De julho a setembro, o PIB apresentou queda de 1,20% na margem na série com ajuste sazonal. Em relação ao terceiro trimestre de 2004, cresceu 1%.