Título: Recuperação das linhas de trem cria 800 empregos
Autor: Agnaldo Brito
Fonte: O Estado de São Paulo, 03/04/2006, Economia & Negócios, p. B5

O ex-pedreiro Maciel Rodrigues Nascimento, 29 anos, foi um dos beneficiados com a criação de 800 empregos a partir do investimento da Novoeste. Foi o primeiro trabalho com carteira assinada de Nascimento. Junto com outros funcionários, ele vai trabalhar na recuperação de parte dos 1,6 mil quilômetros de linha da companhia, entre Mairinque (SP) e Corumbá (MS).

O trabalho é considerado fundamental para a redução gradual do excessivo número de acidentes na linha. A maioria ocorre em razão de descarrilamento de trens. A precariedade das linhas também reduz a velocidade de trânsito na malha, um fator de perda de produtividade e competitividade.

A Novoeste conclui nas próximas semanas a troca de 140 mil dormentes. Um segundo projeto de substituição de dormentes já está em andamento. A previsão é que sejam trocados agora mais 350 mil dormentes. Segundo Valdecir Bevilacqua, gerente de via permanente do trecho paulista da companhia, nos próximos meses os consertos na via precisarão de mais 540 trabalhadores.

Não serão contratações diretas da Novoeste, como a de Nascimento, mas será trabalho novo. São empregos temporários abertos por um conjunto de empreiteiras que serão contratadas para execução da obra.

Tudo parte do investimento de R$ 90 milhões que a Novoeste fará este ano. Esse valor também vai garantir o trabalho noutras frentes. A previsão é que 250 a 300 funcionários serão contratados, também por terceirizadas, para o projeto de recuperação de vagões na oficina em Sorocaba. De acordo com Valdir Ferreira Manão, gerente de vagões da companhia, há um programa para reformas de 700 vagões este ano.

Na oficina de Sorocaba, a Novoeste vai reativar outra área. No local, técnicos ferroviários farão a manutenção geral de locomotivas de bitola estreita. Hoje o trabalho é realizado em Paulínia.