Título: Finanças estão ruins, mas eram ainda piores
Autor: Agnaldo Brito
Fonte: O Estado de São Paulo, 03/04/2006, Economia & Negócios, p. B5

A situação financeira da Novoeste já foi pior do que é hoje. Em 2005, o prejuízo caiu 38%. A reestruturação feita no ano passado garantiu o equilíbrio da companhia: alongou sua dívida e marcou o ingresso do BNDES como sócio na Nova Brasil Ferrovias. Os fundos Funcef e Previ injetaram R$ 270 milhões na empresa. Isso garantiu que, depois de anos, o patrimônio líquido da empresa, que em 2004 era de R$ 264 milhões negativos, chegasse aos R$ 23 milhões positivos.

O aporte dos fundos garantiu ainda o depósito em juízo de uma dívida acumulada em três anos de concessão não paga. A Novoeste briga na Justiça para não pagar a dívida. Alega que a proibição para o transporte de combustível tirou 50% das receitas de frete.

A empresa recuperou o direito de transportar combustível, mas enfrenta restrições em várias cidades por onde passa, por conta das más condições de conservação da linha.

Em 2005, a Novoeste incorporou o trecho Bauru-Mairinque, que colocou a ferrovia ainda mais perto do Porto de Santos.