Título: BNDES rebate críticas à TJLP
Autor: Gustavo Freire
Fonte: O Estado de São Paulo, 24/03/2006, Economia & Negócios, p. B6

O vice-presidente do BNDES, Demian Fiocca, atribui à oposição, mais precisamente a "economistas ligados ao PSDB", a associação da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) à concessão de subsídio. As críticas, diz, são desprovidas de fundamento e fazem parte de uma campanha contra a redução da taxa, referência para os empréstimos concedidos pelo banco.

O Conselho Monetário Nacional (CMN) vai analisar a possibilidade de mudança na cotação da TJLP, discutida trimestralmente, que hoje está em 9%. O presidente do BNDES, Guido Mantega, diz que há espaço para queda de 2 pontos porcentuais. Um dos principais oponentes à queda da taxa é o secretário do Tesouro, Joaquim Levy, defensor de uma maior aproximação com a Selic.

Fiocca evita, porém, falar em divergências dentro do governo. "É um debate da oposição com o governo", insiste. Lembrando que o BNDES "sempre deu lucro", o economista - que antes de assumir a vice-presidência do banco foi chefe da Assessoria Econômica do Ministério do Planejamento - declara que não há subsídios "explícitos ou implícitos" nas operações de financiamento.