Título: Psicopedagogo não é professor particular
Autor: Simone Iwasso
Fonte: O Estado de São Paulo, 09/04/2006, Vida&, p. A26

Em meio à confusão dos diagnósticos, das neuroses e das inseguranças de pais e filhos, além da falta de preparo de parte dos professores para lidar com as diferenças, especialistas alertam para outro problema: a proliferação de pessoas que se intitulam psicopedagogos sem ter a formação necessária. Apesar de ainda não ser regulamentada no Brasil - existe um projeto de lei tramitando no Congresso sobre isso -, a profissão tem uma associação que congrega as pesquisas e os profissionais que trabalham na área há cerca de 30 anos. Para saber se um profissional é mesmo psicopedagogo pode-se consultar uma lista disponível no site www.abpp.com.br.

Para se tornar psicopedagogo, é necessário ter uma graduação em algum curso superior, geralmente da área de saúde ou de humanidades. Depois, fazer um curso de especialização com duração de dois anos, oferecido em algumas universidades. Após comprovar ter trabalhado na área por cinco anos, o profissional pode se associar à Sociedade Brasileira de Psicopedagogia.

Psicopedagogo também não é a mesma coisa que professor particular, que apenas ajuda o aluno a aprender melhor alguma disciplina da escola ou a fazer a tarefa de casa. A especialização é uma mistura de conhecimentos da psicologia, da psicanálise, da lingüística, da pedagogia e outras áreas do conhecimento.