Título: Valério é acusado de 6 crimes
Autor: Eugênia Lopes
Fonte: O Estado de São Paulo, 12/04/2006, Nacional, p. A4

Sócios e empregados do empresário também são citados

A denúncia do procurador Antonio Fernando Souza apontou uma ampla variedade de crimes ¿ de corrupção ativa a peculato (desvio de dinheiro público), de formação de quadrilha a lavagem de dinheiro, de evasão de divisas a falsidade ideológica. Os principais denunciados são o ex-ministro José Dirceu, o ex-presidente do PT José Genoino, o ex-tesoureiro Delúbio Soares e o ex-secretário-geral Silvio Pereira, todos citados por corrupção ativa, peculato e formação de quadrilha.

Marcos Valério foi incurso nos três crimes e mais lavagem de dinheiro, evasão de divisas e falsidade ideológica. Sócios e empregados dele também foram mencionados, como o outro dono da SMPB, Cristiano Paz, e o advogado Rogério Tolentino.

Entre os deputados citados, José Janene (PP-PR) e Pedro Henry (PP-MT) foram acusados por formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Assim como os ex-deputados Pedro Corrêa (PP-PE) e Valdemar Costa Neto (PL-SP).

O ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (PT-SP) foi incurso em corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro. Já os ex-deputados Roberto Jefferson (PTB-RJ) e Bispo Rodrigues (PL-RJ) foram denunciados por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O ex-ministro Luiz Gushiken foi incurso em peculato e o ex-ministro Anderson Adauto (PL), prefeito de Uberaba, citado por corrupção ativa e lavagem de dinheiro.

Os ex-deputados Paulo Rocha (PA), ex-líder do PT na Câmara, e José Borba (PMDB-PR) foram citados por corrupção passiva. Os deputados Professor Luizinho (PT-SP) e João Magno (PT-MG) foram denunciados por lavagem de dinheiro.

O publicitário Duda Mendonça e sua sócia Zilmar Fernandes Silveira foram indiciados por lavagem de dinheiro e evasão de divisas. A presidente do Banco Rural, Kátia Rabello, foi mencionada por formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

O ex-gerente de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato foi citado por peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Emerson Palmieri, tesoureiro informal do PTB, foi citado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. E João Cláudio Genu, secretário de José Janene, por formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.