Título: Decreto não muda planos da China na Bolívia
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Fonte: O Estado de São Paulo, 05/05/2006, Economia & Negócios, p. B9

Embora a China possa ser um dos beneficiados pela nacionalização do petróleo boliviano, empresas, imprensa e o governo deram pouca atenção à notícia, e por enquanto não fazem conexões com os projetos chineses de aumentar os investimentos na América Latina.

Um artigo da agência Xinhua destacou que a Bolívia nacionalizou outras duas vezes seus hidrocarbonetos, "mas voltou à privatização".

O governo não fez nenhum comentário. No início do ano, as autoridades haviam anunciado seu interesse em investir no setor da energia na Bolívia.

O presidente boliviano, Evo Morales, foi à China em janeiro, logo após ser eleito. Os líderes comunistas chineses ofereceram a ele investimentos na economia boliviana."Evo se mostrou de acordo, convidando mais empresas a entrar na Bolívia", disse na ocasião o Ministério de Relações Exteriores chinês.A China confia nas promessas de Morales, que na sua visita disse que via o país como um "aliado estratégico" em potencial da Bolívia. Grandes petrolíferas chinesas, como a Sinopec, já fizeram nos últimos anos planos de investimento na Bolívia, ainda não concretizados.