Título: Em Congonhas, balcões vazios na ponte aérea
Autor: Isabel Sobral
Fonte: O Estado de São Paulo, 20/04/2006, Economia & Negócios, p. B20,21

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Passageiros estão receosos de viajar com a empresa; alguns estão apenas gastando milhagem

Andrea Vialli

F altando apenas 20 minutos para o próximo embarque da ponte aérea Rio-São Paulo, o balcão de check-in da Varig, no aeroporto de Congonhas, estava vazio no final da tarde de ontem. Os poucos passageiros no embarque manifestavam receio quanto aos atrasos e possíveis cancelamentos de vôos.

A administradora de empresas Tatiana Viegas foi vítima de um vôo cancelado.

Ela sairia de Florianópolis com destino a São Paulo às 06h50, mas só conseguiu embarcar às 11 da manhã. Ela não foi avisada de antemão do cancelamento. 'Estou voando pela Varig porque tinha milhas para gastar. A questão dos atrasos é complicada para quem tem horário e compromissos', diz.

Marina Borges, corretora de imóveis que embarcava de férias para o Recife com o marido, também demonstrava receio em relação ao cancelamento de vôos. 'Comprei minha passagem com 20 dias de antecedência, mas se fosse hoje, após a crise declarada, preferirira voar por outra companhia.' Não é a toa que os passageiros vem enfrentando problemas. Dados do Departamento de Aviação Civil (DAC - atual Anac) apontam que a eficiência operacional da Varig nos vôos domésticos caiu de 80% em fevereiro para 70% em março. O número é uma combinação dos índices de regularidade (vôos previstos e efetivamente realizados) e pontualidade.