Título: Consulta a acervos também é difícil no próprio Brasil
Autor: Herton Escobar
Fonte: O Estado de São Paulo, 23/04/2006, Vida&, p. A26

Em um país de dimensões continentais, a facilitação do acesso a acervos biológicos também é uma preocupação doméstica. Uma das ênfases do Programa de Pesquisa em Biodiversidade (PPBio), criado em 2004 pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, é justamente a digitalização das coleções nacionais, começando pela Amazônia e o semi-árido.

Vários acervos já estão informatizados, principalmente os de botânica. "É um trabalho braçal, de transferir informações das fichas e dos livros de tombamento para um sistema computacional", explica Célio Magalhães, coordenador técnico de Coleções Biológicas do PPBio no Inpa. O próximo passo, já em andamento, é digitalizar as amostras vegetais, com prioridade para os holótipos (representativos para a descrição de uma espécie).

O objetivo maior é criar uma grande rede virtual, interligando todas as coleções do País. Um projeto assim, de US$ 50 milhões, foi submetido ao Fundo Mundial para o Meio Ambiente (GEF). A resposta deve sair este semestre.