Título: Não há ilegalidade, afirma ex-prefeita
Autor: Alessandra Pereyra
Fonte: O Estado de São Paulo, 28/04/2006, Nacional, p. A7

Marta alega em nota que todas as exigências legais foram cumpridas

A assessoria de imprensa da ex-prefeita Marta Suplicy divulgou nota contestando as informações do Ministério Público paulista. Segundo a nota, todas as contratações realizadas pela Prefeitura ao longo da gestão petista "obedeceram rigorosamente às determinações legais". A nota diz ainda que FGV e Fundep são entidades "respeitabilíssimas, prestaram serviços por meio de contratos juridicamente perfeitos e mantêm contratações com governos municipais, estaduais e o federal."

O Instituto Florestan Fernandes sustenta que não houve irregularidade. A presidente da entidade, Maria Teresa Augusti, disse estar tranqüila quanto ao resultado das investigações. "Não era preciso pedir quebra de sigilo, colocaríamos à disposição os dados." Ela confirmou as informações sobre a ligação do PT e de dirigentes petistas no processo de fundação do IFF, mas frisou que políticos como a ex-prefeita Marta e José Dirceu hoje são apenas associados sem direito a voto.

A FGV informou, por meio de sua assessoria, que só deve se pronunciar hoje sobre o caso. A Fundep confirmou que foi contratada sem licitação pela Secretaria de Finanças da Prefeitura para propor melhoria no atendimento ao cidadão e que subcontratou empresas e consultores para isso. Disse desconhecer a ação do MP, mas afirmou não ter com que se preocupar. A fundação listou as características que a enquadram na lei que dispensa órgãos públicos de abrir licitação para contratação.

Apenas duas das sete empresas envolvidas responderam à reportagem. Caloger Barbuscia, representando a CSB Consultoria e Assessoria Empresarial e a Interface Assessoria de Informática, vai se pronunciar após verificar a ação do MP. Washington Vianna, da Frontservices Informática, disse não haver problema em ter o sigilo bancário quebrado. A Sampa.Org não se pronunciou.