Título: GM e Renault fazem ressalvas
Autor: Cleide Silva
Fonte: O Estado de São Paulo, 22/05/2006, Economia & Negócios, p. B7

A Argentina não é vista como um oásis por todas as montadoras. "Temos grande preocupação com negociações trabalhistas; recentemente, os trabalhadores pediram 32% de aumento de salários", diz o presidente da General Motors do Brasil, Ray Young.

Segundo ele, a GM havia transferido a exportação de mil unidades do Corsa com destino ao México para a fábrica de Rosário, no fim de 2005, mas este ano decidiu suspender as exportações do modelo. "Usaremos toda capacidade da Argentina para ampliar a produção dos modelos Classic para os mercados argentino e brasileiro, para atender à demanda, que cresceu após o lançamento da motorização flex", disse.

A GM desenvolve um plano de otimização para ter estrutura de manufatura flexível em sua operação no Mercosul e, segundo Young, estará apta a responder às variações de demanda, independentemente do modelo ou país.

A Renault também vê com cautela as vantagens do vizinho. Dos US$ 150 milhões de investimentos previstos para 2006 no Mercosul, 80% ficarão no Brasil - onde acaba de lançar o novo Mégane e prepara para 2008 a chegada do popular Logan -, e 20% na Argentina, onde produz Kangoo, Clio e o velho Mégane.