Título: Facção preparava megarrebelião
Autor: MArcelo Godóy, Josmar Jozino
Fonte: O Estado de São Paulo, 13/05/2006, Metrópole, p. C1,3

Governo descobre plano e resolve isolar principais líderes da facção; começam rebeliões e atentados

O Primeiro Comando da Capital (PCC) estava preparando nova megarrebelião nos presídios de São Paulo. A descoberta do plano levou o governo a isolar seus líderes e os principais ladrões e seqüestradores do Estado na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau. Ao todo, são 765 criminosos. E sete líderes da facção foram levados à sede do Departamento Estadual de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic), em São Paulo.

Esse foi o início da reação. Na Grande São Paulo e na Baixada Santista, foram os ataques a policiais. No interior, seus homens se amotinaram em dois presídios: a Penitenciária 1 de Avaré e a de Iaras. Eles fizeram 24 reféns ¿ 12 em cada um. As rebeliões seguiam até as 24 horas de ontem.

Entre os presos transferidos está Julio Cesar Guedes de Moraes, o Julinho Carambola, segundo homem do PCC, o superseqüestrador Pedro Ciechanovics, o Pedrão, e o ladrão de condomínios e jóias José Carlos Rabello, o Pateta.

ORDENS

Com as transferências, os presos de Iaras e Avaré, que abrigavam a maioria dos chefes da facção, rebelaram-se no fim da tarde. A suspeita é que os motins tenham sido ordenados por Marcola. O líder do PCC, também conhecido como Playboy, estava em Avaré. Há duas semanas, o Deic havia apreendido um carregamento de armas comprado pelo PCC para ser usado no resgate do líder.

Houve ainda confusões em outros presídios do Estado, como na Penitenciária 1 de Araraquara, mas a situação foi controlada.