Título: PMDB e PFL vêem chance de aumentar bancadas
Autor: Bruno Winckler
Fonte: O Estado de São Paulo, 21/05/2006, Nacional, p. A10

Líder peemedebista diz que partido têm 'obrigação' de dobrar número de representantes na Casa

PMDB e PFL apostam em aumentar suas bancadas na Assembléia paulista justamente por conta do espaço que, acreditam, será aberto por PT e PSDB. Os peemedebistas, por exemplo, avaliam que se saíram mal na disputa de 2002, mas agora têm melhores chances. "O cenário hoje é diferente", avalia Uebe Rezek, ex-prefeito de Barretos e uma das apostas do PMDB. "O PT está desacreditado e o PSDB, nessa briga direta com o PT, também está abalado. Acho que temos condição de melhorar nosso desempenho neste ano."

Com quatro deputados atualmente, o partido pretende dobrar a sua bancada. "Nosso desempenho em 2002 foi pífio. Temos a obrigação de, no mínimo, contar com oito eleitos neste ano", disse o líder do PMDB na Assembléia, Baleia Rossi, que tentará a reeleição com seus três companheiros de legenda - Jorge Caruso, Romeu Tuma Jr. e Geraldo Lopes.

Deputado estadual por duas vezes e secretário do Interior no governo de Orestes Quércia (PMDB), Uebe Rezek aceitou voltar a disputar vaga por acreditar que sua região tenha poucos representantes. "Para conseguir recursos, é necessário que tenhamos mais gente daqui (de sua região) na Assembléia", disse Rezek. Ele diz preferir ficar em Barretos, mas vai se candidatar novamente a pedido de correligionários.

PFL No PFL, partido de Rodrigo Garcia, a meta é aumentar a bancada de 9 para 14 deputados. O candidato à reeleição e líder da legenda, Edmir Chedid, aposta no que considera bons nomes para a disputa. Ele aponta o ex-prefeito de Suzano Estevão Galvão e o ex-prefeito de Barueri Gil Arantes como nomes fortes. Segundo ele, o partido precisa aproveitar o bom momento em São Paulo, já que tem a Prefeitura da capital e o governo do Estado. Da bancada, dois deputados serão candidatos a deputado federal - Bispo Gê e Milton Vieira.

Acreditando na vitória de José Serra (PSDB) na disputa ao governo, Chedid defende um nome do partido para a vice do tucano: Rodrigo Garcia. "Ele é jovem e tem condição de se destacar no cargo", acredita.

Garcia prefere dizer que não trabalha com essa possibilidade, mas não esconde que se sente lisonjeado com a sugestão. "Depois de presidir a Assembléia, meu interesse é me reeleger e continuar defendendo os interesses do Estado. Para a vice, apóio o nome de Afif Domingos", diz o pefelista, que tentará seu terceiro mandato.