Título: No caso de mama, 2 genes envolvidos
Autor: Nicholas Wade
Fonte: O Estado de São Paulo, 09/05/2006, Vida&, p. A17

O diagnóstico de câncer de mama conta com uma ferramenta valiosa, capaz de identificar a doença quando ela tem origem genética - cerca de 10% dos casos de câncer de mama são genéticos. Trata-se de mutações de dois genes específicos, chamados de BRA1 e BRA2. A paciente com essas mutações, tem 80% de chance de ter câncer de mama ao longo da vida e 40% de ter câncer de ovários. Para saber se existe indicação do exame, o médico monta uma espécie de árvore genealógica da paciente - esse tipo de câncer de mama é mais comum em mulheres com menos de 50 anos e a ocorrência de mais de dois casos na família dentro dessa faixa etária já sugere a possibilidade de defeito genético, por exemplo. Depois, colhe-se o sangue. O resultado positivo sugere que a mulher vai ter de fazer, no mínimo, uma mamografia a cada ano, a partir dos 25 anos. Já o resultado negativo, indica que ela tem o risco padrão de ter a doença - 10%. A necessidade de mamografia passa a ser a cada dois anos a partir dos 40 e a cada ano a partir dos 50 anos. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de mama é o segundo de maior incidência no País - serão 48.930 novos casos neste ano. À frente está pele (116.640). Próstata aparece em terceiro (47.280).