Título: Três líderes respondem por tentativa de homicídio
Autor: Eugênia Lopes
Fonte: O Estado de São Paulo, 08/06/2006, Nacional, p. A4

Os manifestantes do MLST que participaram da depredação da Câmara dos Deputados e estão presos foram autuados por dano ao patrimônio público, formação de quadrilha e corrupção de menores. Bruno Maranhão, David Pereira da Silva e Arildo Joel da Silva, líderes da manifestação, responderão também por tentativa de homicídio contra policiais legislativos. Arildo é acusado de ferir gravemente o coordenador de logística do Departamento de Polícia Legislativa da Câmara, Normando Fernandes, com uma pedrada na cabeça. No grupo havia 10 menores de 12 anos e 32 com idade entre 12 e 17 anos.

Em seus depoimentos, os militantes do MLST negaram que tivessem participado de uma ação premeditada. Todos alegaram que pretendiam fazer parte de uma manifestação pacífica e que teriam reagido a uma suposta ação violenta da Polícia Legislativa, informou o delegado Antônio Coelho, titular da 2ª Delegacia de Polícia do Distrito Federal.

Maranhão disse à polícia que não estava presente no momento das depredações e que, quando chegou, tentou acalmar os ânimos. Há casos extremos, como o da militante Franciele Denísia Assêncio, que foi filmada quebrando terminais de consulta da Câmara dos Deputados, mas negou ter participado de qualquer ato de depredação, mesmo depois de assistir as próprias imagens.

O delegado disse que as filmagens do circuito interno da Câmara provam que os manifestantes é que provocaram o confronto. Os policiais legislativos confirmaram que os envolvidos já desceram dos ônibus buscando pedras e logo arremessaram o carro Fiat Uno contra a porta de entrada. Alguns agentes, contou o delegado, chegaram a ouvir integrantes do MLST gritarem a frase: "Vamos matar esse pessoal."