Título: Marcola será ouvido em 6 ou 7 de junho em SP
Autor: Eduardo Nunomura e Laura Diniz
Fonte: O Estado de São Paulo, 25/05/2006, Metrópole, p. C1

A CPI do Tráfico de Armas deverá ouvir o depoimento do líder máximo do PCC, Marcos Willians Camacho, o Marcola, na primeira semana de junho, possivelmente no dia 6 ou 7. Marcola será ouvido no Fórum de Barra Funda, em São Paulo, depois que o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), vetou a presença do preso no prédio do Congresso.

Além do presidente da CPI, deputado Moroni Torgan (PFL-CE), e do relator, deputado Paulo Pimenta (PT-SP), outros dez integrantes da comissão, incluindo a vice-presidente, Laura Carneiro (PFL-RJ), já manifestaram intenção de ir a São Paulo para ouvir o criminoso. O requerimento de convocação do preso foi aprovado pela CPI no início do mês e estava marcado inicialmente para o dia 30 de maio.

No entanto, com os ataques em São Paulo e o vazamento de depoimento em sessão secreta da CPI no dia 10 alteraram o calendário da comissão. A advogada de Marcola, Maria Cristina Rachado, e o advogado Sérgio Weslei da Cunha são acusados pela CPI de terem comprado cópia da gravação da sessão secreta com os depoimentos de delegados paulistas e tê-los repassado a Marcola.

Depois do veto de Rebelo, a comissão analisou ouvir Marcola na Assembléia Legislativa de São Paulo, na sede da Polícia Federal em Brasília, além do Fórum de Barra Funda.

Ontem, a CPI aprovou requerimentos para que a Secretaria de Administração Penitenciária de São Paulo envie à comissão a relação de todos os advogados que visitaram Marcola neste ano, que critérios e regulamentos são usados para permitir a entrada dos advogados dos presos e quais são, na investigação da polícia, os detentos identificados como pertencentes ao PCC.