Título: Cenário externo acalma mercados
Autor:
Fonte: O Estado de São Paulo, 27/05/2006, Economia & Negócios, p. B22

Impressão de que o juro básico americano poderá não subir faz dólar recuar e Ibovespa avançar 2,82%

Os mercados locais encerraram a semana turbulenta de modo positivo, graças ao relativo otimismo quanto ao futuro do juro básico americano, após a divulgação dos gastos do consumidor e da inflação (ver página B8). O Ibovespa subiu 2,82%, na cotação máxima do dia, os juros futuros recuaram, o dólar fechou em R$ 2,24, em queda de 2,14% na roda da BM&F e de 2,35% no balcão, enquanto o paralelo caiu 1,12%, para R$ 2,393. O risco país recuou 0,37%, para 269 pontos, e o A-Bond ganhou 0,67%, vendido com ágio de 5,80%.

O Ibovespa fechou em 38.629 pontos, e o movimento financeiro ficou em R$ 2,817 bilhões. O principal fator de melhora foram os indicadores americanos, que ajudaram Wall Street - o Dow Jones fechou em alta de 0,60%, o Nasdaq subiu 0,55% e o S&P 500 avançou 0,57%. Ficou a impressão de que o Federal Reserve poderá dar uma pausa na elevação do juro básico dos EUA.

Entre os papéis que compõem o Índice Bovespa, as maiores altas foram de Vivo PN (9,39%), Banco do Brasil ON (8,77%) e Tim Par ON (5,84%). As maiores quedas foram de Arcelor ON (3,41%), BRT Par ON (1,76%) e AmBev PN (1,44%).

No mercado cambial, a liquidez foi baixa. Os investidores se retraíram, especialmente à tarde, por causa do fechamento antecipado dos mercados em Nova York, devido ao feriado do Memorial Day, nos Estados Unidos, na segunda-feira. Como quarta-feira será dia de formação da taxa média do comercial (ptax), a expectativa é de que o dólar poderá voltar a exibir volatilidade já na segunda-feira.

No mercado futuro viva-voz, os oito vencimentos negociados projetaram firmes baixas da moeda americana.

No mercado de juros, a boa notícia foi a confirmação, pelo Tesouro Nacional, da volta dos leilões de LFTs, papéis pós-fixados. A emissão desses títulos estava suspensa desde fevereiro.