Título: Defensor fica 'orgulhoso' e Suzane, 'contentíssima'
Autor: Laura Diniz
Fonte: O Estado de São Paulo, 06/06/2006, Metrópole, p. C1,3

O advogado Mauro Otávio Nacif disse ontem que ficou "orgulhoso" com o adiamento do júri e Suzane von Richthofen, "contentíssima". Ele garantiu não saber que a testemunha Cláudia Sorge, dita imprescindível, não iria ao fórum. A informação está no processo desde maio. "Entrei no caso agora."

Sócio do escritório de Mário de Oliveira Filho e Mário Sérgio de Oliveira, advogados de Suzane, Nacif foi constituído como defensor da jovem na semana passada, só para participar do júri. Segundo o promotor Nadir de Campos, ele é conhecido como "príncipe das nulidades" no meio jurídico, pela habilidade em impedir a realização de júris ou anulá-los. "Não uso meus conhecimentos para melar julgamentos", rebateu Nacif.

Amiga de Marísia, mãe de Suzane, Cláudia não era testemunha presencial do crime e falaria sobre o relacionamento da jovem com a família. No depoimento, mencionou que a amiga era contra o namoro da filha com Daniel Cravinhos e ficou feliz quando Suzane disse ter terminado a relação.

O promotor Roberto Tardelli lembrou, na sessão, que o depoimento de Cláudia poderia ser lido aos jurados e cada um receberia uma cópia. Nacif não quis. Insistiu que ouvi-la era imprescindível. Mas à pergunta sobre se Cláudia diria, em plenário, algo diferente do que no depoimento incluído no processo, Nacif declarou que não.

Antes da sessão, Nacif disse que o caso Richthofen chama a atenção "porque tem mulher bonita" envolvida. "(Suzane) é mais bonita que a Ana Hickmann." Para ele, se a jovem "fosse feia, pobre, gorda e desdentada", ninguém se interessaria pelo caso.