Título: Produção industrial americana cai 0,1%
Autor:
Fonte: O Estado de São Paulo, 16/06/2006, Economia & Negócios, p. B1

Em maio, atividade das indústrias tem o primeiro recuo desde janeiro, informa o Fed

A produção industrial nos Estados Unidos caiu 0,1% em maio, a primeira redução da atividade de fábricas, minas e indústrias de serviços desde janeiro, informou ontem o Federal Reserve (Fed, banco central americano). Em abril, a produção tinha crescido 0,8%.

O relatório também afirmou que a utilização da capacidade industrial caiu 0,2 ponto porcentual e foi para 81,7% no mês passado.

Os dados surpreenderam os analistas, que tinham calculado que em maio a produção industrial subiria 0,2%, e que se manteria em 81,9% da utilização da capacidade instalada. "Os números da produção industrial de maio vieram um pouco mais fracos do que o previsto", lamentou o analista John Canavan, da empresa de assessoria econômica Stone & McCarthy.

Entretanto, desde maio de 2005, a produção industrial dos Estados Unidos cresceu 4,3%.

No mês passado, a produção de bens de consumo caiu 0,1%, uma redução liderada pelos bens duráveis e com reduções também na produção de automóveis, equipamentos eletrônicos para o lar, eletrodomésticos e móveis.

A produção de bens de consumo não duráveis subiu 0,2%, na maior parte devido à gasolina.

A produção industrial caiu 0,1% em maio, e a produção das indústrias de serviços subiu 0,2%, enquanto a produção das minas caiu 0,2%.

MERCADO DE TRABALHO

Já o número semanal de pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos caiu em 8 mil para 295 mil na semana passada, informou ontem o Departamento de Trabalho.

Esse foi o nível mais baixo de pedidos desde meados de fevereiro.

De acordo com analistas do Departamento do Trabalho, não existe nenhum motivo especial que justifique esse recuo.

Nas últimas duas semanas, o número caiu em 42 mil solicitações.

A média de solicitações em quatro semanas, que é um indicador menos volátil, caiu em 12.250 e ficou em 315.750, o número mais baixa em seis semanas.

O número de pessoas que recebem seguro-desemprego dos Estados subiu em 15 mil, e chegou na semana que terminou em 3 de junho a 2,42 milhões, o nível mais alto em seis semanas. Os economistas previam que esse número recuasse para 2,41 milhões.

Apesar dessas melhoras nos números semanais, os analistas estão esperando uma deterioração do mercado de trabalho nos Estados Unidos. Segundo eles, a piora deve continuar durante alguns meses.