Título: PF indicia 42 dos presos por depredar a Câmara
Autor:
Fonte: O Estado de São Paulo, 09/06/2006, Nacional, p. A6

A Polícia Federal começou a interrogar ontem os 42 integrantes do MLST presos que foram identificados como autores do quebra-quebra da Câmara. Todos foram qualificados por crimes de corrupção de menor, danos ao meio ambiente, ao patrimônio cultural e ao da União, formação de quadrilha e lesão corporal simples e grave. Os advogados do MLST chegaram atrasados e não acompanharam os interrogatórios.

Na saída de seu depoimento, Bruno Maranhão se disse injustiçado e reclamou de ter passado a noite numa solitária no complexo penitenciário da Papuda. "Tem mais 13 companheiros em solitárias e essa prisão é ilegal."

Ele considerou sua prisão arbitrária e disse que na hora da baderna estava no gabinete do deputado Nelson Pellegrino (PT-BA). "Eu queria evitar a tropa de choque. Eu estava com Pellegrino. Tirei todo o pessoal de dentro."

Apenas os 42 identificados no quebra-quebra continuarão presos. Outros militantes que não foram flagrados na invasão terão suas prisões relaxadas. A PF trabalha com o número total de 582 sem-terra que estariam envolvidos no episódio.