Título: Perito foi atacado na porta do consultório
Autor: Ricardo Westin
Fonte: O Estado de São Paulo, 09/07/2006, Vida&, p. A28

Era hora do almoço e o médico Luiz Carlos Sette, de 48 anos, deixou seu consultório, como faz todos os dias, na cidade de Araranguá (SC). Meia hora depois, estava jogado na rua, com o rosto deformado e ensangüentado.

Ele foi atacado, há dois meses, por um segurado do INSS que não gostou de ter o auxílio-doença negado. O médico trabalha de manhã em seu consultório particular e à tarde num posto da Previdência Social como perito. Estava no INSS havia dez meses apenas.

"Ele fez uma tocaia na porta do consultório. Quando me viu, começou a xingar. Depois deu socos. É um homem forte. Jogou-me no chão e continuou com os golpes até que minha mulher ligou para o 190 e a polícia chegou", conta.

O agressor, que logo foi liberado pela polícia, trabalhava como vigia e queria receber o auxílio-doença alegando ter dor nas costas.

Sette ficou uma semana sem trabalhar. "Agora, quando um segurado entra, tento deduzir: 'Será um agressor?'. Tenho de trabalhar tentando antever a agressão. Isso é desanimador."