Título: Agência teme tumulto em julho
Autor: Mariana Barbosa, Isabel Sobral e Tânia Monteiro
Fonte: O Estado de São Paulo, 21/06/2006, Economia & Negócios, p. B1

As agências de viagens antevêem um julho complicado para os viajantes brasileiros, especialmente aqueles que pretendem ir para a Europa. O dólar barato e o ganho de renda da população, somados à crise da Varig e à volta dos torcedores da Copa do Mundo, já aumentaram o número de reservas nas companhias aéreas. Há quem diga que esta será a mais tumultuada temporada de férias dos últimos dez anos.

¿Fazer hoje uma reserva para qualquer lugar da Europa é uma dificuldade¿, diz o diretor da Overseas Turismo, Álvaro Tunes Soares. Segundo ele, as listas de espera cresceram principalmente porque muitos com passagem marcada com a Varig resolveram se precaver fazendo reservas em outras companhias.

A agência Sancatur, que há 15 dias deixou de trabalhar com a Varig, também prevê um julho complicado, segundo o diretor da empresa Oswaldo Nadao.

¿O maior problema são os vôos internacionais¿, afirma o diretor da Associação Brasileira das Agências de Viagens (Abav), Leonel Rossi Jr. É que mais da metade das rotas internacionais está nas mãos da Varig. Já nas rotas domésticas, a participação da companhia é menor, de 13%.

A saída, no caso dos vôos internacionais, seria o governo ampliar a cota de participação para outras companhias, diz o diretor da Abav. ¿Não existe problema insolúvel. O mercado sabe se ajustar.¿