Título: Marcola condiciona fim de atentados
Autor: Marcelo Godoy
Fonte: O Estado de São Paulo, 13/07/2006, Metrópole, p. C1

Marcos Camacho, o Marcola, apontado como o líder máximo do PCC, diz que a onda de ataques e rebeliões só terminará quando o governo do Estado cumprir integralmente a Lei de Execução Penal. A afirmação foi feita aos deputados da CPI do Tráfico de Armas no dia 8 de junho, durante interrogatório do preso no Centro de Readaptação Penitenciária (CRP) de Presidente Bernardes.

Questionado pelo deputado Raul Jungmann (PPS-PE) sobre sua ida ao Departamento de investigações sobre o Crime Organizado (Deic), no mesmo dia em que teve início a primeira onda de atentados, Marcola disse: "Eu falei para ele (Godofredo Bittencourt, diretor do Deic): 'Não fui eu que dei início nisso, mas, se derem as condições dignas para os presos que estão lá (na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau), se cumprir a Lei 7.210, só se cumprir a lei, não há por que ter os atentados'".

Apesar de negar ter sido o mandante dos ataques, o preso se queixou da forma como a liderança do PCC - inclusive ele - foi transferida, no dia 11 de maio, para a Penitenciária 2 de Presidente Venceslau. Para ele, o isolamento foi uma provocação do então secretário da Administração Penitenciária, Nagashi Furukawa.