Título: Para Mantega, produção industrial caiu em junho
Autor: Márcia De Chiara
Fonte: O Estado de São Paulo, 13/07/2006, Economia & Negócios, p. B4

A produção industrial deverá apresentar em junho um resultado menor do que a expansão de maio (1,6% ante abril), segundo estima o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Durante reunião, realizada com empresários na sede do Ministério da Fazenda, no Rio, ele afirmou que o bom desempenho industrial de maio não altera a projeção de crescimento de 4% a 4,5% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2006 e anunciou que as medidas de mudança da legislação cambial que deverão beneficiar os exportadores deverão ser anunciadas até o fim de julho.

O ministro disse que o resultado da produção industrial em junho talvez seja menor do que em maio, por causa da realização da Copa do Mundo e do menor número de dias úteis em junho.

Ainda sobre os indicadores econômicos, Mantega disse que o IPCA - índice de inflação calculado pelo IBGE e que é referência para as metas de inflação do governo - acumulado em 2006 deverá ficar entre 3,8% e 4%. "A inflação está sob controle, há uma expansão da economia com equilíbrio monetário."

Mantega disse também, quando indagado sobre a perspectiva de novas reduções na taxa Selic, que "a trajetória (da Selic) é de redução e é proporcional à trajetória da inflação". Ele acrescentou que "a Selic não é a única taxa que existe, há várias taxas menores à disposição dos empreendedores brasileiros".

CÂMBIO Mantega garantiu que o conjunto de medidas para modificar a legislação cambial, em estudo no Ministério da Fazenda e o Banco Central, será anunciado até o fim deste mês. "Vamos modificar a legislação do câmbio para facilitar o fluxo de dólares para os exportadores." Segundo ele, as mudanças "estão sendo amadurecidas com cautela e prudência".

Segundo Mantega, os assuntos tratados na reunião foram construção civil, carga tributária, equilíbrio fiscal, segurança e meio ambiente, entre outros. Ele disse ter garantido aos empresários fluminenses que participaram da reunião que a meta de superávit primário definida para este ano, de 4,25%, será cumprida "sem dificuldades".