Título: Mais um agente assassinado em São Paulo
Autor: Marcelo Godoy
Fonte: O Estado de São Paulo, 02/07/2006, Metrópole, p. C1

O agente penitenciário Eduardo Rodrigues, de 41 anos, foi assassinado com quatro tiros ontem no Jardim Arpoador, na zona oeste de São Paulo. A principal suspeita da polícia é que a ordem para o crime tenha partido do Primeiro Comando da Capital (PCC) por causa do isolamento de seus líderes na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau e no Centro de Readaptação Penitenciária de Presidente Bernardes e para espalhar pânico entre os funcionários.

Rodrigues trabalhava na Penitenciária Feminina Sant¿Ana, a antiga Penitenciária do Estado, no Carandiru. Ele havia saído de casa para levar um aparelho de televisão ao conserto. Quando chegou à loja, foi abordado por dois homens, que dispararam dois tiros em sua cabeça, um no pescoço e outro no tórax. Fugiram em seguida. A polícia investiga o caso.

Horas antes, um homem cuja identidade não foi revelada pela polícia, foi assassinado com três tiros na cabeça por três homens. Ele chegava com a mulher em casa anteontem à noite, no Jardim Paulista, em Barueri. Um carcereiro que mora perto da vítima disse a policiais que ele seria o alvo dos assassinos.

PRISÃO Em Itapecerica da Serra, policiais da Delegacia Seccional de Taboão da Serra prenderam anteontem Fábio dos Santos Moreira, de 26 anos, suspeito de fornecer armas ao PCC, inclusive aos autores do assassinato do agente Nilton Celestino, de 41 anos, morto na quarta-feira.

Em Panorama, perto de Presidente Venceslau, a polícia prendeu 7 homens e 2 mulheres, 4 deles do PCC. Numa chácara, foram apreendidos dois fuzis, uma metralhadora, três granadas, munição, coletes à prova de balas e armas de brinquedo. Eles esperavam o melhor momento para matar 5 agentes.

Os agentes ligados ao Sindicato dos Servidores do Sistema Prisional do Estado de São Paulo (Sifuspesp) suspenderam a greve programada para ontem, por medo de haver rebeliões com o corte das visitas. Mas, depois da morte de Rodrigues, o sindicato resolveu voltar atrás e convocar os funcionários de novo para a greve.