Título: Varig deveria ter trazido ontem 2.679 do exterior
Autor: Alberto Komatsu
Fonte: O Estado de São Paulo, 24/06/2006, Economia & Negócios, p. B1

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou que até a meia-noite de ontem estava previsto o retorno ao Brasil de 2.679 passageiros da Varig - 1.044 de países da América do Sul, 380 da América do Norte e 1.255 da Europa. Só da Alemanha, viriam 771 brasileiros.

A Infraero, que administra os aeroportos, informou que até às 17h de ontem a Varig cancelou 189 vôos dos 276 programados para o período. Desse total,oram 161 vôos nacionais cancelados de 235 previstos e 28 internacionais de 41 programados.

A Varig anunciou na quarta-feira uma nova malha com a suspensão, por 72 horas, de quase 70% de seus vôos domésticos e internacionais. Por esse critério, a Varig comemorou ontem a realização de 121 vôos. Segundo a empresa, apenas nove foram cancelados, "sendo que dois foram por condições climáticas adversas".

A empresa anunciou também a retomada do vôo para Nova York que tinha sido suspenso temporariamente quarta-feira, quando a empresa divulgou a nova malha para o período de crise e de falta de aviões. O vôo não será diário. Será feito em freqüências e dias alternados com Miami.

A Varig informou que apesar de ter sido suspensa temporariamente da câmara de compensação da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata), dezenas de empresas estão aceitando seus bilhetes. Só 11 das mais de 200 companhias filiadas à Iata não estão aceitando suas passagens.

São elas: Aviateca (Guatemala), Continental e Delta (Estados Unidos), Emirates (Emirados Árabes), Korean (Coréia), Lacsa (Costa Rica), Luxair (Luxemburgo), Martinair (Holanda), Taca (Equador), Alitália (Itália) e JAL (Japão). Dentre as que aceitam, estão todas as 18 empresas que integram a rede Star Alliance, como United Airlines, TAP e Lufthansa.

"A suspensão da Varig é temporária e poderá ser revertida assim que a empresa saldar o débito (com a Iata)", informou a companhia. A Varig mantém um seguro-depósito de US$ 24 milhões na câmara de compensação da Iata que será usado para cobrir eventuais pagamentos às empresas que embarcarem passageiros com bilhetes da companhia.