Título: Vigilância armada no banho de sol
Autor: Marcelo Godoy e Chico Siqueira
Fonte: O Estado de São Paulo, 13/06/2006, Metrópole, p. C4

Armados com espingardas calibre 12, escudos e munição antimotim, que incluía bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha, cerca de 120 Agentes de Escolta e Vigilância fizeram a segurança ontem, no primeiro dia de banho de sol liberado para 420 líderes de rebeliões e do PCC detidos desde 11 de maio na Penitenciária 2 (P2) de Presidente Venceslau.

O reforço da segurança foi determinado pelo secretário de Administração Penitenciária, Antônio Ferreira Pinto, para prevenir possíveis transtornos com a saída dos detentos para o pátio depois de 30 dias trancados nas celas. A Polícia Militar foi colocada de prontidão nas muralhas do presídio e agentes penitenciários ajudaram na vigilância feita pelos agentes de escolta.

Em 11 de maio, a P2 recebeu 765 detentos transferidos de presídios dominados pelo PCC, o que provocou a megarrebelião e a onda de atentados no Estado. Depois de uma checagem, a secretaria constatou que, dos 765 detentos, 420 eram efetivamente líderes da facção criminosa. "Desde que chegaram, eles ficaram nos ameaçando, dizendo que iam quebrar tudo e fazer motim assim que saíssem das celas", contou um agente.

Para evitar problemas, a SAP decidiu não liberar todos os detentos ao mesmo tempo para o pátio. O banho de sol foi dividido conforme os oito setores de celas.