Título: TRECHOS DO LIVRO
Autor: Laura Diniz e Silvia Amorim
Fonte: O Estado de São Paulo, 02/06/2006, Metrópole, p. C1

No momento em que se preparavam para descer as escadas, Christian viu o revólver (marca Rossi, calibre 38) em cima da cama. Ele o municiou e o colocou ao lado da mão frouxa de Manfred, no chão, junto à cama. (...) Além disso, que ladrão deixaria uma arma de fogo nova no local do crime? Todos os policiais consideraram o fato muito improvável, quase infantil.

Você sabe se foi levada alguma coisa da casa? Ela (Suzane) falou que na biblioteca tinha uma caixinha branca com dinheiro: US$ 5 mil e R$ 8 mil... (Daniel perguntou ao policial sobre o exato valor que havia sido levado da casa, minutos após chegar ao local).

Cada vez ficava mais evidente que a bagunça da casa indicava uma busca direcionada na biblioteca e no quarto do casal. Ou era gente que sabia o que e onde procurar graças a uma "dica" ou pessoal da casa. (O local onde ficavam os sacos de lixo usados para sufocar Marísia e jogar fora as roupas do crime estava arrumado).

O rosto coberto do casal já indicava que o assassino era uma terceira pessoa que conhecia as vítimas, pois esse é o tipo de cuidado que um desconhecido não se preocupa em ter. O rosto da vítima não o incomoda, ele não tem nenhum tipo de pudor.

As vítimas tinham sido assassinadas dentro do período de tempo em que a filha deles, Suzane, afirmava ter passado em casa e visto os pais ainda vivos, dormindo.