Título: BC faz leilão e dólar sobe 0,41%
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Fonte: O Estado de São Paulo, 26/07/2006, Economia & Negócios, p. B12

O Banco Central (BC) foi ao mercado ontem à tarde e comprou cerca de US$ 100 milhões, segundo operadores do mercado financeiro. Em conseqüência desse leilão, a moeda americana encerrou o dia em alta de 0,41%, cotada por R$ 2,202. Não fosse a atuação do BC, as cotações do dólar provavelmente teriam tido outro rumo.

Nos Estados Unidos, os preços futuros do barril de petróleo recuaram, levando investidores a comprar ações. A diminuição da tensão no cenário externo deveu-se ao sentimento de que o Irã não vai se envolver no conflito entre Israel e o Líbano e que a oferta global de petróleo não será afetada.

Como resultado, as bolsas do país subiram. O Índice Dow Jones apurou alta de 0,48% e o Nasdaq, de 0,58%. A Bovespa seguiu a tendência e avançou 1,26%, aos 36.680 pontos. No mercado de juros da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), o contrato de DI de janeiro de 2008, um dos mais negociados, encerrou o dia com taxa de 14,68% (ante 14,71% da segunda-feira).

Internamente, segundo os operadores, os comentários sobre eventual emissão soberana do País, negada pelo secretário do Tesouro, Carlos Kawall, não chegaram a afetar os negócios. Os rumores ganharam corpo por causa das recentes emissões feitas por Colômbia e Uruguai, além do lançamento, pela Argentina,de um leilão para captar US$ 500 milhões em títulos Bonar V. As Filipinas emitiram US$ 450 milhões em bônus para 2031 e reabriram em US$ 300 milhões sua emissão de bônus globais com vencimento em 2016.

Outro fator que chama a atenção dos investidores no curto prazo é o rumo da taxa Selic. Os investidores esperam ler na atado Copom (a ser divulgada quinta-feira) um indicativo para a taxa básica da economia no fim do ano. Até antes do último encontro, a maioria das expectativas era de que ficaria em 14,50%. Agora, já há quem estime que romperá os 14%.