Título: Destaques da ata
Autor: Fabio Graner e Adriana Fernandes
Fonte: O Estado de São Paulo, 28/07/2006, Economia & Negócios, p. B5

Juro: O Copom entende que a preservação das importantes conquistas no combate à inflação e na manutenção do crescimento econômico, com geração de empregos e aumento da renda real, poderá demandar que a flexibilização adicional da política monetária (novas quedas nos juros) seja conduzida com maior parcimônia.

Futuro: A inflação controlada e na meta, com seu impacto positivos na economia, aumenta naturalmente o espaço para que o País tenha taxas de juros reais (sem inflação) mais baixas no futuro.

Meta de inflação: Cenários para a inflação em 2006 mostram que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve fechar o ano abaixo da meta de 4,5%. Para 2007, a expectativa é que fique também abaixo da meta de 4,5% (embora tenha subido), no chamado cenário de referência do Banco Central - projeção de inflação cujo cálculo é feito com o dólar e a taxa de juros mantidos constantes em, respectivamente, R$ 2,20 e 15,25% ao ano.

Tarifas: A expectativa de reajuste na energia elétrica neste ano caiu de 3,7% para 2,7% e o da telefonia fixa recuou de 2,6% para deflação de 0,9%. Estimativa de alta no conjunto de preços administrados caiu de 4,6% para 4,4%.

Nervosismo: A turbulência no mercado pode ser passageira, mas aumentou os riscos para a inflação futura, o que pode dificultar o trabalho do BC de manter as expectativas de inflação dentro da meta. "Nesse ambiente, cabe à política monetária manter-se especialmente vigilante."

Cenário externo: Incertezas sobre o futuro dos juros norte-americanos permanecem e os mercados ainda podem ter novas movimentações abruptas. Tensões geopolíticas (guerra no Oriente Médio) elevam esse risco de turbulência nos mercados.

Petróleo: Outra fonte de preocupação são os preços do petróleo no mercado internacional, que continuam elevados e com fortes variações. Projeções para o futuro das cotações do petróleo são "marcadas por grande incerteza", mas o BC vê cada vez menos chances de os preços caírem. A chance da gasolina subir ainda este ano no Brasil aumentou.

Crescimento: Ritmo de crescimento da economia ocorre sem riscos de pressionar os preços.

Mínimo: Expansão do nível de emprego e renda continuará impulsionando a atividade econômica." Deve-se somar a esses fatores o aumento do salário mínimo e a elevação dos gastos do governo.