Título: Aumento da procura por trabalho influi no resultado
Autor: Jacqueline Farid
Fonte: O Estado de São Paulo, 28/07/2006, Economia & Negócios, p. B7

Os indicadores que medem o comportamento do emprego e do desemprego no País voltaram a causar confusão. Ontem, enquanto o IBGE divulgava que o desemprego nas seis principais regiões metropolitanas brasileiras atingiu 2,34 milhões de pessoas em junho (79 mil a mais do que em maio), o Ministério do Trabalho informava que foram criados 155.455 empregos com carteira assinada em todo o País no período.

Na verdade, trata-se de informações distintas, que não podem ser diretamente confrontadas. O número de postos de trabalho aumentou, conforme as duas pesquisas, só que o desemprego cresceu porque o número de pessoas que passaram a procurar ocupação foi maior do que a oferta de novas vagas.

De acordo com o IBGE, foram abertas 170 mil ocupações, número insuficiente para abrigar as 249 mil pessoas que ingressaram no mercado de trabalho no mês passado. Esse movimento é usual nessa época do ano, mas pode ter sido intensificado pela expectativa de oportunidades de emprego temporário na campanha eleitoral.

O Caged reúne informações só do emprego formal nas empresas. Já o IBGE trata de todo tipo de emprego, inclusive o informal.