Título: No interior, Quércia fala em gestão municipalista
Autor: Rose Mary de Souza
Fonte: O Estado de São Paulo, 30/07/2006, Nacional, p. A8

O candidato do PMDB ao governo do Estado de São Paulo, Orestes Quércia, afirmou que pretende fazer um governo municipalista, unindo prefeitos de diferentes partidos. O peemedebista participou na manhã de ontem de carreata pelas ruas de Indaiatuba, na região de Campinas.

"Sou municipalista. Acredito no apoio de prefeitos e vereadores, mesmo que não sejam do meu partido", disse, ao cumprimentar populares e possíveis eleitores.

Quércia foi recebido por alguns vereadores na Câmara Municipal da cidade. Segundo ele, São Paulo é a locomotiva do Brasil e, por isso, o Estado precisa resolver seus problemas, como segurança e educação, para voltar a crescer. "São Paulo e o Brasil estão paralisados por causa do PSDB e do PT", alfinetou. "O que são 3% de crescimento no governo Lula, enquanto países emergentes cresceram muito mais?", questionou. Conforme o candidato, há ainda outras distorções e absurdos cometidos pelos governos do Estado e federal. No campo da economia, Quércia dá como exemplo o apoio institucional da monocultura da cana-de-açúcar. Para ele, seria necessário investimento em toda a cadeia de agricultura.

Quércia se assusta também quando vê o crescimento da violência no Estado. De acordo com ele, quando governou o Estado, a Febem mantinha 1.200 internos e hoje vê um quadro crescente, com 9 mil jovens cumprindo pena nas unidades da instituição. O candidato promete, se eleito, criar a Secretaria da Criança e do Adolescente. "Vamos criar a Secretaria da Criança e do Adolescente para evitar o que acontece hoje, quando dão de pau em cima das crianças." Segundo ele, resolvendo esse problema, estará investindo em educação e segurança.

ITAMAR FRANCO

Sobre o apoio do ex-presidente Itamar Franco ao candidato Geraldo Alckmin, Orestes Quércia se refere a Itamar como um grande companheiro. "Tudo bem o Itamar apoiar o outro candidato, porque deixamos aberto para que os colegas apóiem quem quer seja para a presidência, porque não lançamos candidato."

O candidato deixou a cidade de Indaiatuba às 12h15 e ainda faria campanha em Campinas e Sumaré.