Título: Em 2002, a mesma polêmica
Autor: João Caminoto
Fonte: O Estado de São Paulo, 15/07/2006, Economia & Negócios, p. B3

Cinco dias depois da eleição presidencial de 2002, na qual o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva venceu o candidato do governo José Serra (PSDB-SP), a Petrobrás anunciou ao País um pacotaço de reajustes que atingiram todos os combustíveis produzidos pela estatal. A gasolina, na ocasião, subiu 12,09%, o diesel foi reajustado em 20,50% e o GLP (botijão de cozinha) recebeu aumento de 22,8%. Como agora, o tema dos reajustes dos combustíveis em período pré-eleitoral foi recorrente na campanha presidencial de 2002. Especialistas viram e apontaram crescente defasagem do preço interno dos combustíveis em relação a então alta da cotação internacional do petróleo. Alguns especialistas falavam em mais de 40% de defasagem.

Foi Francisco Gros, então presidente da Petrobrás, que durante visita ao Piscinão de Ramos, no Rio, deu munição aos críticos que o acusavam de represar aumentos por conta da eleição. Perguntado sobre possíveis aumentos, disse que a gasolina seria reajustada quando fosse "conveniente". Foi, depois do pleito.