Título: Petista diz que pagou só o executado e reclama que praças estão abandonadas
Autor: Alexssander Soares
Fonte: O Estado de São Paulo, 15/09/2006, Metrópole, p. C3

A Assessoria de Imprensa da ex-prefeita Marta Suplicy (PT) afirmou que não pagou nenhuma obra do programa Centros de Bairro que não tenha sido executada. Em nota, informa que as 'praças entregues à população estão hoje abandonadas, sem qualquer cobrança à atual administração da manutenção do espaço urbano e dos equipamentos e investimentos já realizados.'

A Consladel informou que tudo o que cabia à empresa foi realizado. 'As praças que não foram liberadas pela prefeitura para reforma não foram medidas, e, naturalmente, não foram pagas.'

O diretor administrativo e financeiro da Stemag, Cláudio Rossini, também informou que a empresa realizou o contrato até onde lhe foi permitido e que cumpriu todo o contrato assinado com a Emurb.

A Assessoria de Imprensa da ex-prefeita também afirmou que o processo de licitação foi feito sem um projeto básico para cada praça porque seria 'ineficiente e caro realizar licitação uma a uma para cada praça.'

'Como cabe ao bom administrador zelar por economia, qualidade e rapidez na entrega, os trabalhos foram executados em cinco blocos, assim como é feito em programas de pavimentação. Conseguimos obter na planilha de preços para execução valores abaixo do mercado, exatamente em razão das quantidades envolvidas e da qualidade do processo licitatório', diz a nota. A Assessoria também ressalta que R$ 1.170,00 apontado na planilha de preços para a palmeira da espécie macaúba já era um 'preço abaixo do mercado.' 'Mas pagamos R$ 702 justamente por causa da economia de escala. O que importa é o valor pago, e o preço de referência era absolutamente afeito ao mercado à época.'

A respeito da transferência bancária de R$ 1,5 milhão feita em 28 de dezembro de 2004 para a Consladel, a Assessoria de Marta ressalta que foi pago um serviço executado, medido e faturado, devidamente documentado.

A Consladel e a Stemag informaram que não receberam da atual gestão os serviços executados no programa Centros de Bairro.

'A Consladel entrou na Justiça porque é seu direito legítimo receber o que executou. Mudanças políticas na administração de uma cidade não devem servir de desculpas para que os fornecedores levem calote', diz a nota da empresa.