Título: Israel mata 26 do Hezbollah em confronto
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Fonte: O Estado de São Paulo, 29/07/2006, Internacional, p. A17

O conflito entre Hezbollah e Israel entrou ontem no 17 º dia com pesadas baixas para o grupo xiita libanês em confrontos na cidade de Bint Jbail, no sul do Líbano, perto da fronteira, segundo balanço do Exército israelense.

Os militares disseram ter matado 26 guerrilheiros, elevando para 230 o total de baixas do grupo desde o início do conflito, no dia 12. O Hezbollah só reconheceu até ontem a morte de 35 e acusa Israel de inflar os números.

Israel também prosseguiu com os bombardeios em cidades no Líbano, concentrando-se na região de Tiro, no sul do país. Morreram 17 libaneses e dezenas ficaram feridos. Os foguetes do Hezbollah feriram 13 pessoas no norte de Israel. O grupo disparou um novo tipo de míssil (ler abaixo). Nesses 17 dias, morreram 459 libaneses e 51 israelenses. Autoridades libanesas estimam que ainda haja mais de 200 desaparecidos e soterrados.

Israel tenta controlar Bint Jbail como parte de seu plano de estabelecer uma zona-tampão com largura de 2 quilômetros ao longo da fronteira. Na quinta-feira, o governo desistiu de ampliar a ofensiva terrestre, mas convocou para treinamento 30 mil reservistas, indicando que prevê um longo conflito.

Em Nova York, o chefe do setor de ajuda humanitária da ONU, Jan Egeland, pediu ontem uma trégua de três dias entre Israel e o Hezbollah para que civis possam ser removidos de áreas sob bombardeio e alimentos e remédios possam chegar a regiões isoladas. De retorno de uma visita à região, Egeland fez o apelo no Conselho de Segurança das Nações Unidas. "Precisamos de pelo menos 72 horas para remover feridos, crianças, idosos e deficientes do fogo cruzado no sul do Líbano", explicou.

A ONU decidiu remover da fronteira 50 observadores desarmados que integram uma missão de verificação estabelecida em 1948, após a primeira guerra árabe israelense. A decisão é resultado do bombardeio israelense que na terça-feira matou quatro observa dores.

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