Título: No Rio, Cabral tem 64% dos votos válidos
Autor: Rodrigo Morais e Alessandra Saraiva
Fonte: O Estado de São Paulo, 13/10/2006, Nacional, p. A10

A primeira pesquisa Ibope sobre a disputa no segundo turno no Rio, encomendada pela Rede Globo e divulgada ontem, confirmou vantagem de Sérgio Cabral (PMDB) sobre Denise Frossard (PPS). Cabral tem 56% das intenções de voto, contra 32% de Denise - diferença de 24 pontos. Votos em branco ou nulo somam 7% e indecisos, 5%. Considerando votos válidos, o peemedebista atinge 64% e a adversária, 36%. O Ibope ouviu 2.002 eleitores, em 46 municípios, entre os dias 9 e 11.

Ontem pela manhã, durante ato de campanha em Copacabana, a candidata do PPS reafirmou seu apoio ao presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB), deixando para trás as críticas por sua associação com o ex-governador Anthony Garotinho (PMDB). 'Meu relacionamento com ele está como sempre esteve: muito bom', afirmou. Questionada por repórteres, porém, Denise não resistiu e definiu como 'fatal' a adesão do peemedebista à campanha tucana.

A candidata também declarou que pode fazer campanha junto com Alckmin no Rio, mas não informou se ele estará em sua propaganda na TV. No primeiro programa, o tucano não foi sequer mencionado.

ATAQUES

Ontem, Frossard voltou a associar Cabral a Garotinho. 'Acho que o Sérgio Cabral e o Garotinho são indissolúveis'. Ela também colocou em dúvida a legalidade dos bens do adversário, como já fizera em debate na TV. 'De quem é a casa em que ele mora? Da mulher dele? Como é que ele comprou?'

À tarde, Cabral rebateu as acusações e disse que sua declaração de bens está na internet. 'Acho que é o desespero de uma candidata que está isolada, sozinha com seu padrinho. Está repetindo o mesmo estilo de fazer política de seu padrinho, o prefeito (Cesar Maia, do PFL)', afirmou.

Durante corpo-a-corpo na Quinta da Boa Vista, Cabral disse que sua campanha ganhou fôlego no segundo turno em razão da aliança com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os candidatos ao governo do Rio derrotados Marcelo Crivella (PRB) e Vladimir Palmeira (PT). 'E vem mais apoio por aí, vocês vão ver.'

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