Título: Tucano promete tratar bem Bahia, que elegeu Wagner
Autor: Cida Fontes
Fonte: O Estado de São Paulo, 06/10/2006, Nacional, p. A9
O candidato Geraldo Alckmin (PSDB) disse ontem que a liberação de R$ 1,5 bilhão pelo governo Lula, no calor da disputa eleitoral, revela que o presidente e os petistas não estão prontos para deixar o Palácio do Planalto. 'Esse desespero está mostrando que eles não estão preparados para deixar o governo', afirmou o tucano, após participar, à noite, de ato de mobilização em São Paulo. 'Há uma semana, quando não ia ter segundo turno, tesoura em R$ 1,6 bilhão. Bastou ter segundo turno para liberar (os recursos). Como é que pode? Que país é esse? Que governo é esse?'
Em seguida, o tucano voltou a criticar o governo Lula ao listar escândalos de corrupção e advertiu que os esquemas irregulares podem ser maiores. 'O desmando e a corrupção são muito maiores. Nós só sabemos apenas do que foi pego com a boca na botija. Mas é muito maior', acusou.
Ao lado do governador eleito de São Paulo, José Serra (PSDB), do presidente nacional do PMDB, Michel Temer, e do líder do PFL no Senado, José Agripino Maia (RN), Alckmin também pediu ajuda a deputados do PSDB e de partidos aliados eleitos no domingo passado para pôr fim ao que classificou de 'boataria', que teria como objetivo prejudicar a sua campanha.
'Ajudem a combater a boataria porque o pessoal joga baixo', discursou, referindo-se aos adversários do PT. Em seguida, durante entrevista coletiva, explicou que se referia às afirmações infundadas de que, se eleito, acabaria com o programa Bolsa-Família e privatizaria estatais como a Petrobrás e os Correios e bancos como a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil. 'O que vamos fazer é prestigiar essas instituições e não fazer o aparelhamento que eles fizeram', disse.